Um sideropolitano na missão de paz do Haiti

A vida do sideropolitano Tales Bonassa, 24 anos, ganhará um novo rumo a partir do dia 7 de março, quando ele embarcará para o Haiti. Soldado do 3º Batalhão de Polícia do Exército do Rio Grande do Sul, ele está entre os brasileiros que participarão da missão de paz no país vizinho. Ao todo, serão aproximadamente 1,6 mil homens que ficarão seis meses fora do Brasil.

Curtindo os últimos dias com a família, que mora no Bairro Estrada de Ferro, o soldado foi homenageado esta semana pela administração municipal. Ele foi recebido pelo prefeito Douglas Warmling, o Guinga, e pelo vice, Elvi Donadel, durante evento da administração. O soldado explicou aos presentes o objetivo da missão, e recebeu uma bandeira de Siderópolis para levar na viagem. “É um orgulho para Siderópolis ter alguém prestando esse relevante serviço num país vizinho, e que tanto precisa de ajuda”, comentou o prefeito.

 

História

No exército há seis anos, o soldado Bonassa, como é conhecido no quartel, participará da primeira missão fora do país. “Estou ansioso para viajar, mas muito tranqüilo. Tivemos um treinamento especial e estamos preparados”, conta. A tarefa na capital Porto Príncipe, no Haiti, é relacionada basicamente a segurança ostensiva, principalmente devido a efervescência política pela qual passa o país.

Do 3º Batalhão, serão 32 militares que seguirão viagem, juntando-se a 800 do Rio Grande do Sul, e outros 800 de outras regiões do Brasil. Todos ficarão juntos na Base Charles, na companhia de outros exércitos. O retorno ao Brasil será daqui seis meses, e até lá, o sideropolitano quer trabalhar ao máximo para minimizar a saudade de casa. “Desde setembro sabemos da viagem, e fui preparando meus pais aos poucos. Acredito que tudo dará certo”, argumenta.

Depois da experiência única, Tales já sabe o que fazer quando retornar ao país. “Vou pedir baixa do exército, essa decisão está tomada”, antecipa. O objetivo, segundo ele, é cursar a faculdade de direito para retornar ao quartel como oficial.